domingo, 27 de junho de 2010

O que tu queres sei eu...

Esta semana tive o meu momento com as autoridades locais. Seguia a caminho do Paço, depois do almoço, e eis que um polícia me berra, do meio da multidão, de uma forma, vá lá, pouco simpática, “Você aí, mostrar documentos!”.
Atónita, respondi-lhe que não tinha documentos, o que era verdade (lá está, por casa dos roubos) e ele ordena-me, muito autoritariamente, que abra imediatamente a carteira. Não sei como, mas mantive a minha calma, não abri bolsa nenhuma, apenas expliquei que trabalhava para o diocese, mesmo ali ao lado. Que podia vir comigo até lá, se quisesse, que lhe explicariam quem sou…
Mudou o tom da conversa. Pergunta todo simpatia: “… E se eu fosse assim em Portugal, como era?”. Era uma festa, respondi-lhe, claro está. Deixou-me seguir, com a promessa de que no dia seguinte lhe traria “os documentos”. Nunca mais o vi. Acho que fiz um amigo.

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